Ser

Uma viagem no meu processo criativo!

Faz tempo que eu estou para escrever para vocês sobre esse tema que tanto me fascina: a criatividade

O fascínio que o tema exerce em mim tem a ver com autoconhecimento, porque desde muito nova eu sou rotulada como criativa (o que também vem por outros nomes como “louca” e “fora da casinha”). Mas como eu me tornei essa pessoa?

Obviamente, a primeira coisa em que acreditei foi que “eu nasci assim, eu cresci assim”.

Mas a síndrome de Gabriela me incomodava um pouco e, mesmo sob a crença do dom, eu me questionava: ok, mas como é que eu tenho as ideias?

Olhei para mim sem parar, tentei sistematizar e, sendo bem sincera, sigo tentando, às vezes quase que “escondida de mim mesma”, fazer isso.

Entre uma neurose e outra, outra velha crença sobre criatividade se instaurou em mim… Eu nasci para ser artista.

No terceiro ano do Ensino Médio, meus amigos advertiam: “vai cursar artes plásticas, Luy”. Eu me julguei por não saber desenhar, por não conseguir expor meus sentimentos por outras formas de expressão que não papel, caneta e palavras. Eu me julguei por não ter disciplina nem com as palavras, que pareciam me ser tão caras e amadas. Eu acreditei que tinha de me tornar artista, que além de ser criativa, pulsava em mim muita emoção. Meu conceito de artista era romântico e eu nada sabia sobre arte ainda.

Nesse universo todo, eu me julgava uma fraude, porque tudo aquilo que meus colegas, professores e, muitas vezes, familiares enxergavam como criação e novidade, para mim não passava de uma nova perspectiva sobre as velhas coisas que eu já conhecia. De verdade, para mim não tinha nada de novo ali. Eu só combinei diferente, olhei de outro lado, disse algo que as pessoas não pareciam ter coragem de dizer, mas que estava ali, na nossa frente.

E mais, eu nem sempre estava pronta para dizer aquelas coisas, ver por outros lados. Tudo isso era inusitado, como mágica, acontecia como inspiração. Um “Eureka!” quase que divino, luz do céu, que me preenchia de ideias.

Ao longo da vida eu aprendi que tudo isso que aí que me transpassava eram mitos. Mitos que me habitavam/habitam e que muitas vezes me colocaram/colocam em posição de superioridade e outras vezes diante de uma imensa responsabilidade de ser o que as pessoas esperavam que eu seja. 

Eu sou uma pessoa criativa.

Mas eu não nasci com um dom diferente de ninguém, não sou uma artista [no sentido profissional da arte], e não crio coisas do zero como uma iluminação divina.

No meu ponto de vista, eu sou alguém que manteve o espírito curioso da infância e que está sempre conectando as coisas que me atravessam sem se apegar se pode ou não pode fazer isso. Eu sou alguém que detesta ficar muito tempo na frente de um problema e por isso resolve ele com o que tem e o mais rápido possível.

Pelo menos essa é quem tenho descoberto ser nessa jornada de autoconhecimento focada na capacidade de ser criativa. E quero destacar de maneira mais objetiva aqui algumas das características que citei:

  • manter o espírito curioso; 
  • conectar coisas sem me apegar ao certo e ao errado; e 
  • gostar de usar o que tenho agora para resolver meus problemas. 

Esse é o meu processo criativo e de alguma maneira ele pode te ajudar a entender o seu.

Apenas uma advertência antes de você terminar essa leitura!

  • Meu processo criativo não é uma regra. 🙂 

Do mais, espero que esse texto ajude você a enxergar algumas coisas sob novas perspectivas ou a pelo menos identificar ou tirar um pouco da força das crenças limitantes que moram aí com você. 

Estou trabalhando em uma explicação um pouco mais detalhada sobre os três itens que resumi meu processo criativo! Logo publicarei por aqui 🙂 E se você não quiser perder essa postagem de jeito nenhum, deixa aqui seu e-mail que eu vou te avisar em primeira mão quando estiver no ar (e prometo não gerar spam!)

Escrito por LUYANE REINALDO

No menu degustação da vida.

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